Numa altura em que os médicos
em Moçambique iniciam a sua segunda semana de greve, onde clamam por um
ajustamento salarial, é detido o presidente da agremiação que encabeça esta “rebelião”,
Jorge Arroz, presidente da Associação dos Médicos de Moçambique (AMM). A
detenção teve lugar no domingo, dia 26 pelas 18:30, algures na capital
moçambicana. As primeiras informações a respeito da detenção de Arroz
circularam na internet, através das redes sociais como o facebook e o twitter. As
reações a este acontecimento foram imediatas.
A primeira coisa que as pessoas
questionavam era a causa da detenção.
As escassas informações que circulavam
davam conta de que Jorge Arroz fora detido sob acusação de incitamento a
desordem e a tumultos. Sem conhecimento pleno das causas por detrás, já haviam cidadão que iam em defesa do
presidente da AMM.
O argumento é de que todo
aquele que se posiciona contra o governo tem um destino traçado.
Para além de se questionar a liberdade de expressão, há
quem começa a duvidar da saúde da democracia em Moçambique. Para alguns, este
tipo de comportamento do governo (que supostamente deu ordens a polícia para
deter o Presidente da AMM) revela uma certa arrogância e acima de tudo abuso de
poder por parte do governo, constituindo uma violação dos princípios da lei mãe, a constituição.
Com este acto
protagonizado pela polícia de Moçambique, a causa dos médicos tende a conquistar
a simpatia dos não-médicos, isto é, do povo em geral.
E com base neste caso, alguns começam a relacionar com as
eleições que se avizinham, e há quem já faz previsões.
Uma coisa parece ser certa: este caso ainda vai dar muito que falar.
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